Voltado a gestores municipais da agropecuária no Estado da Bahia, foi realizado na última sexta-feira 28, o primeiro seminário virtual para pautar ações de controle da “influenza aviária”. Promovida em conjunto pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), a iniciativa busca esclarecer pontos acerca da emergência sanitária decretada pelo governo estadual e atualizar os agentes municipais sobre o tema.
“A emergência decretada há sete dias trata, na verdade, de uma precaução dos órgãos responsáveis para criar meios de monitorar e manter sob controle a contaminação, que só tem ocorrido na Bahia em aves silvestres e não representa qualquer risco à criação de aves para consumo humano”, explica o chefe de gabinete da Seagri, Luiz Rezende, que se encarregou da abertura do evento virtual.
Palestrantes da Adab, do Ministério da Agricultura, da Bahiater e da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) abordaram os impactos sócio-econômicos do vírus “influenza aviária de alta patogenicidade” - IAAP, assim como as consequências da doença na fauna silvestre. O anúncio de emergência zoossanitária foi resultado de um acordo nacional entre o Ministério da Agricultura e da Pecuária (MAPA) e os 27 governadores de Estado, com o intuito de controlar a transmissão sanitária que ocorre no país e que até o momento não representa qualquer agravamento do cenário.
O seminário reuniu 61 participantes de cinco territórios de identidade. A ação faz parte do plano de atividades fomentada pelo Fórum Estadual de Gestores Municipais da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Feagri), instância que reúne representantes dos 27 territórios de identidade da Bahia.
Para o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, esclarecer esses gestores acerca da situação atual da influenza aviária “É de suma importância, pois esses agentes tratam diretamente com a população em seus municípios, e serão multiplicadores das informações recebidas durante o evento”, explicou Paulo Sérgio.
Responsável pela primeira palestra do evento, Vinícius Dantas, Coordenador de Gestão de Fauna do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) destacou que a Bahia faz parte de uma das principais rotas migratórias de aves silvestres que atravessam o continente. A Rota Nordeste Atlântica tem Mangue Seco, Baía de Todos-os-Santos, Cacha-Prego, Baía de Camamu, Barra Velha, Ilha da Coroa Vermelha, Corumbau e Ponta do Curral como lugares de agregação de aves. Em nosso estado, a primeira contaminação foi notificada no dia 17 de junho e, até o momento, mais três casos foram registrados. Todos em aves silvestres, nas cidades de Caravelas (1), Alcobaça (1), Prado (1) e Porto Seguro (1).
Organizadora do seminário, a engenheira agrônoma e assessora técnica da Seagri, Keyla Soares, considera o evento um sucesso. “Reunimos, neste primeiro momento, mais de 60 pessoas de cinco territórios diferentes da Bahia, para levar esclarecimentos e orientar nossos gestores, a fim de evitar os impactos dessa doença na cadeia da avicultura, sempre trabalhando de forma transversal com as demais secretarias de estado, prefeituras e outros agentes para multiplicar a informação”, avalia.
Fonte:Texto/AscomSeagri/ 📷AscomSeagri
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