O Brasil não possui desertos devido a fatores climáticos e geográficos que inviabilizam a formação dessas paisagens áridas. Embora o país abrigue regiões semiáridas, como o Sertão Nordestino, a média anual de chuvas nessas áreas supera o limite característico dos desertos, que é de 250 mm de precipitação por ano.
Um dos principais elementos que explicam a inexistência de desertos no Brasil é a influência da Floresta Amazônica. A Amazônia libera enormes volumes de vapor d’água na atmosfera, originando os chamados "rios voadores", que transportam umidade para outras partes do país, estimulando chuvas e auxiliando na manutenção do equilíbrio climático.
Além disso, o território brasileiro é predominantemente influenciado por correntes marítimas quentes, que elevam os índices de umidade do ar. Diferentemente do deserto do Atacama, no Chile, afetado pela corrente fria de Humboldt, o litoral do Brasil recebe o impacto de correntes oceânicas quentes, favorecendo a ocorrência de precipitações.
No entanto, é fundamental ressaltar que processos de desertificação vêm sendo identificados em algumas regiões do país, sobretudo no semiárido nordestino. Pesquisas apontam que extensas áreas estão enfrentando degradação ambiental, aproximando-se de condições desérticas devido a fatores como desmatamento, manejo inadequado do solo e mudanças climáticas.
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